Tão inocente que eu era na altura, quando pensava que toda a gente era como eu!

Quando andava na escola preparatória, apanhava o autocarro numa paragem que ficava mesmo à frente de um café. O autocarro passava às 7h30 da manhã, por isso o café ainda estava fechado.

Um dia cheguei à paragem, carregada com a minha mochila e 10 kg (mais coisa menos coisa, vá) às costas, e como sempre, encostei-me de costas à vitrina do café. E, assim sem mais nem menos, caí como se me tivesse apenas atirado para trás!

Levantei-me assustada, olhei para aquilo. Afinal tinha-me encostado à porta e ela estava apenas encostada! Voltei a encostar a porta como estava e fui encostar-me a uma parede mais longe até vir o autocarro.

Quando contei esta história houve quem me perguntasse: então se aquilo tinha a porta aberta porque não entraste e trazias pastilhas?

Aquela pergunta pôs-me confusa, porque simplesmente isso nem sequer me ocorreu, porque não se entra nem mexe naquilo que não é nosso.